Fonologia/Fonema








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Fonologia/Fonema



A fonologia do português varia consideravelmente entre seus dialetos,
chegando, em casos extremos, a causar dificuldades na inteligibilidade.
Este artigo tem como foco as pronúncias consideradas geralmente como
Como o português é uma língua pluricêntrica, padrão. isto é, possui mais
de um centro de referência, e as diferenças entre o português europeu (PE)
e o português brasileiro (PB) podem ser consideráveis, as duas variedades
são indicadas sempre que necessário.
Texto completo aqui
Outras ligações ao assunto:

Consoantes*** Sinopse ***Pares mínimos*** Vogais***
Classificação das vogais*** Nasalidade*** Semivogais***

Página Oficial Alfabeto Fonético Internacional IPA

Imagem de Fonema

Fonema


Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonológica)
de uma língua que estabelece contraste de significado para
diferenciar palavras. Por exemplo, a diferença entre as palavras
PRATO e TRATO, quando faladas, está apenas no primeiro
fonema: /P/ na primeira e /t/ na segunda.


O fonema não pode ser confundido com letra. Enquanto o fonema
é o som em si mesmo, a letra é a representação gráfica desse som.
É bastante comum que um mesmo fonema seja representado por
diferentes letras, como o caso do fonema /z/ que no português
pode ser representado pelas letras S (CASA), Z (ZERO) ou X (EXAME).
Também acontece de uma mesma letra representar mais de um fonema,
isso acontece por exemplo, com a letra X que no português pode ter
o som (fonema) de /z/ (EXEMPLO), /chê/ (ENXAME), /s/ (APROXIMAR)
e /ks/ (FIXO).


Obs.: na escrita os fonemas devem sempre ser representados entre barras.
Isto é o que os distingue das letras. Ao se escrever uma letra sem barras,
está se referindo a letra em si mesmo, e não ao fonema.


Nem sempre há coincidência entre o número de letras
e o número de fonemas em uma palavra. Exemplos:
TAXI - letras T A X I fonemas /t/ /a/ /k/ /s/ /i/
MANHÃ - letras M A N H Ã fonemas /m/ /a/ /nh/ /a/


Algumas letras, em determinadas palavras, não representam fonemas.
Por exemplo o N e o M nas palavras "VENDO" e "BOMBA" não representam
um som isolado, mas servem para indicar a nasalização da letra que lhes precede.


Algumas palavras são escritas com letras que não possuem qualquer som,
e portanto não representam nenhum fonema, como o caso do
H em palavras como "HARMONIA" ou "HOJE",
s em palavras como "NASCER" ou "DISCÍPULO"
ou u nos grupos gu e qu seguidos de e ou i,
em palavras como "GUERRA" e "QUERO"
e o x em palavras como "EXCEÇÃO" ou "EXCEDER".
Essas letras são conservadas na escrita,
embora não apareçam na oralidade por razões etimológicas.


Alofone: são as várias possibilidades de pronúncia de um mesmo fonema.
Exemplo: o fonema final /l/ da palavra "SOL" pode ser pronunciado como
/l/, /w/ ou /r/. Isto ocorre por causa de diferenças regionais, sociais ou individuais.


Classificação dos Fonemas- Os fonemas são classificados em vogais,
semivogais e consoantes;


Vogais- Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões,
faz vibrar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo
na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em:


Quanto à intensidade- Vogal tônica: é
a vogal onde se encontra o acento principal da palavra.
Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra.
Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro "a" é a vogal tônica,
o segundo "a" é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.


Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês
não existe o conceito de intensidade da vogal.
Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as sílabas
são distinguidas pela maneira como são entonadas.
Em português, o conceito de "tom" existe quando se diferencia uma
pergunta de uma afirmação
(ex.: "o açúcar é branco."; "o açúcar é branco?")
ou em uma frase exclamativa: "(ex.: "como o açúcar é branco!").
Então percebemos que realmente o açúcar é branco,
porque isso é uma parte dos fonemas.


Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas
existem vogais subtônicas em português.
E em algumas preposições, artigos, pronomes
e conjunções com uma ou duas sílabas
(ex.: por, em, para, um, o, pelo), não existem vogais tônicas.


Quanto ao timbre- Vogais abertas:
São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca.
Por exemplo: no Brasil, nas palavras "amora" e "café",
todas as vogais são abertas.


Vogais fechadas:

São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca.
Por exemplo:
nas palavras "êxodo" e "fôlego", todas as vogais são fechadas.


Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais "e" e "o"
na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra,
que em geral são pronunciadas como "i" e "u".
Por exemplo, nas palavras "análise" e "camelo".


Quanto ao modo de articulação-
Vogais orais: São as vogais pronunciadas
completamente através da cavidade oral.
Em português, existem de sete a nove vogais orais,
de acordo com o dialeto, a saber: "á" [ä], "â" [ɜ̝], "ê" [e],
"é" [ɛ], "i" [ɯ̟], "í" [i], "ô" [o], "ó" [ɔ] e "u" [u]
(as vogais representadas pelos símbolos [ɯ, ɜ] são comumente representados
por [ɨ, ɐ] por sua aproximidade e também por sua semelhança gráfica).


Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar
usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal.
Em português, existem cinco vogais nasais.


Nas palavras: "maçã", "sempre", "capim", "bondade", e "fundo", os grafemas
assinalados em negrito representam vogais nasais. Também são nasais os ditongos
"ão", "ãe", "õe" e o ditongo "ui" da palavra "muito".


Quanto ao ponto de articulação-
Vogais posteriores:
São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no fundo da boca,
entre o dorso da língua e o véu palatino.
Em português, são posteriores as vogais "ô", "ó" e "u".


Vogais anteriores:
São as vogais pronunciadas com a língua posicionada
na frente da boca entre o dorso da língua e o palato duro.
Em português, são anteriores as vogais "ê", "é" e "í".


Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com a lingua posicionada no centro da boca.
Em português, são centrais as vogais "á", "â",
e em alguns dialetos também têm o "i" átono,
pronunciado ora central ora quase posterior.


Semivogais- As semivogais são fonemas que não ocupam a posição
de núcleo da sílaba, devendo, portanto,
associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba.
Em português, somente os fonemas representados pelas letras
""i" e "u" em ditongos e tritongos são
considerados semi-vogais.
Um ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal.
Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é dito "crescente"
(como em "jaguar").
Quando a semivogal vem depois, o ditongo é dito "decrescente"
(como em "demais").
Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é sempre considerada vogal
e a outra é semivogal.
No caso dos tritongos,
todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais.


Consoantes- Consoantes são fonemas assilábicos
que se produzem após ultrapassar um obstáculo
que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador.
Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes,
a língua, o palato, o véu palatino e a úvula.


Quanto ao papel das cordas vocais-
Consoantes surdas (ou desvozeadas):


São as consoantes pronunciadas sem que as cordas vocais
sejam postas em vibração.


São surdas as seguintes consoantes em português:
f, k, p, c, s, t, x, ch.


Consoantes sonoras (ou vozeadas):
São as consoantes pronunciadas
com a vibração das cordas vocais.
São sonoras as seguintes consoantes em português:
b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.


Quanto ao modo de articulação-
Consoantes oclusivas:


São as consoantes pronunciadas
fechando-se totalmente o aparelho fonador,
sem dar espaço para o ar sair.
São oclusivas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g.


Consoantes fricativas:
São as consoantes pronunciadas através de uma corrente de ar
que se fricciona em um obstáculo.
São fricativas as seguintes consoantes em português:
f, j, s, ch, v, z.


Consoantes laterais:
São as consoantes pronunciadas ao fazer passar a corrente
de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua.
Em português, são laterais apenas as consoantes "l" e "lh".


Consoantes vibrantes:
São as consoantes pronunciadas através da vibração de
algum elemento do aparelho fonador,
em geral a língua ou o véu palatino.
Em português, são vibrantes apenas as duas variedades
do "r", como em "carro" e em "caro".


Consoantes nasais:
São as consoantes em que o ar sai pelas fossas nasais, em vez da boca.
Em português, são nasais as consoantes "m", "n" e "nh".


Quanto ao ponto de articulação- Consoantes bilabiais:

São as consoantes pronunciadas com o contato dos dois lábios.
Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m.


Consoantes dentais:

São as consoantes pronunciadas com a língua entre os dentes.
Em português são dentais as consoantes: t, d e n.


Consoantes alveolares:


São as consoantes pronunciadas com o contato da língua nos
alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as consoantes:
s, z, l e o "r" fraco.


Consoantes labiodentais:


São as consoantes pronunciadas com o contato dos lábios na arcada
superior dos dentes. Em português, são labiodentais as consoantes "f" e "v".


Consoantes palatais:


São as consoantes pronunciadas com o contato da língua com o palato.
Em português, são palatais as seguintes consoantes:
j, ch, lh e nh, e, em alguns dialetos,
também as consoantes "t" e "d" antes de "i".


Consoantes retroflexivas:
São as consoantes pronunciadas com a língua curvada.
Em português, somente alguns dialetos do Brasil têm
uma consoante retroflexiva, o chamado "r" caipira.


Consoantes velares:
São as consoantes pronunciadas com a parte traseira da língua
no véu palatino.
Em português, são velares as consoantes: k, g e rr (em alguns dialetos brasileiros).


Consoantes uvulares:
São as consoantes pronunciadas através da vibração da úvula.
Em português, existem na variedade europeia e no dialeto fluminense;
no caso, o "r" forte.


Consoantes glotais:
São as consoantes pronunciadas através da vibração da glote.
Não há consoantes glotais em português e em praticamente nenhum dos idiomas ocidentais.


Exemplos de idiomas com consoantes glotais são o hebraico e o árabe.
Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia
a palavra tia entre pessoas do Rio de Janeiro e Nordeste,
por exemplo. De modo geral, para os primeiros, a letra
"t" é um fonema palatal (pronunciado mais ou menos como "txia",
enquanto para os segundos representa um fonema alveolar.
Ainda que assim como em prato e trato os sons correspondentes
à letra t de tia sejam diferentes,
(isto é, letras iguais e sons diferentes),
o fonema é um só, visto que, na língua, não se estabelece
distinção de significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/.
As letras do alfabeto que representam os sons recebem o nome de
FONEMA


Ligações às letras do alfabeto português:


***A***B***C***D***E***F***G***H***I***J***K***L
***M***N***O***P***Q***R***S***T***U***V***X***W***Y***Z***



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